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A originalidade deste projeto prende-se com o enfoque que se pretende dar à revitalização e (re)criação de lugares na Covilhã, com o recurso às expressões artísticas urbanas, através de metodologias participativas que integram a comunidade, cartografando identidades. É importante estudar o assunto por este ângulo, pois as investigações existentes que relacionam as dimensões da cidade, memória, espaço público, identidade e construção de lugar, especificamente com a arte urbana, artes performativas ou outras expressões artísticas urbanas, são sempre relativas a grandes centros urbanos ou casos de cidades ou locais com altos índices de violência, ou outras questões de marginalização social, parâmetros estes nos quais a Covilhã não pode ser enquadrada.

 

Parece efetivamente necessária uma abordagem sobre a relação destas expressões artísticas com a(s) identidade(s) e história(s) da cidade. Enquadrado numa sociedade em trânsito, no atual contexto económico e social, este projeto traz com ele, a questão da interioridade, frequentemente negligenciada, invisível e desvalorizada, e pretende constituir-se como um desafio provocador e trazer pistas interessantes, ideias inovadoras e alternativas para a construção de novas perspetivas de pensar, viver e agir em sociedade. Parece-nos existir, na sociedade atual, uma forte necessidade de regresso, a procura de sentido para as relações, e uma vontade de criar novas possibilidades de produção mais humanas, num desejo de transformar ativamente a realidade, recriando novos meios criativos que possam fazer frente às consequências negativas da industrialização, do grande mercado de consumo, da modernização e da modernidade. Tendo presente o valor fulcral da experiência criativa e das linguagens artísticas, no enriquecimento e na exploração destas pertinentes questões sociais, considerando os projetos artísticos como polos de dinamização de novas relações, possibilidades de encontro e de reflexão, acredito que o presente trabalho poderá trazer novos contributos artísticos, políticos e sociais.

 

 

JUSTIFICAÇÃO

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